
A leitura de Queria ver você feliz nos apresenta a Caio e Maria Augusta, dois adolescentes que se conhecem em 1940 e se apaixonam. Eles namoram (driblando os obstáculos colocados pela mãe de Maria Augusta), noivam, casam, têm filhos e dividem histórias de altos e baixos durante toda sua trajetória, narrada por ninguém menos do que o Amor. Aliás, arrisco dizer que esse é um dos melhores pontos do livro. O Amor aparece em forma de narrador observador para comentar acontecimentos e dar opiniões com o bom humor e a atitude que só mesmo o Amor deve ter.
"É normal desejar paralisar o tempo, durante um beijo, ou desejar apressar, durante uma separação, mesmo tendo a informação de que o tempo não ouve ninguém?
Não é normal.
As pessoas não são normais, concluo.
Que sorte a minha"
(Queria ver você feliz, página 119)

Todas essas poderiam ser apenas características de mais um livro no setor de romance na livraria se não fosse o fato de que a história de Caio e Maria Augusta realmente aconteceu. Adriana Falcão, filha do casal, encontrou as cartas que seus pais trocavam e resolveu escrever este livro. Isso me fez pensar em quantas histórias poderiam ser escritas pelas vivências dos nossos pais, nossos tios... Juro que tive vontade de perguntar à minha avó como vovô e ela se conheceram, como foi o pedido de namoro... Essas pequenas coisas que achamos lindas nos filmes, mas sempre passam batido na "vida real".

Esse não foi o primeiro livro da Adriana que eu li (A Arte de Virar a Página foi o primeiro dela a fazer parte das minhas prateleiras), e com certeza não vai ser o último. Com esse jeito singular de contar histórias encantadoras, é impossível não desejar ler mais um pouco de suas palavras, parágrafos e, eu espero, mais livros indescritíveis como esse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário