2.6.14

Convite

Vim te convidar pra sair. Assim mesmo, com as mãos guardadas nos bolsos dos meus jeans de todo dia  e com um olhar agoniado que não foca em apenas um ponto. Não deixo minhas mãos à mostra porque elas entregam meu nervosismo. Não fixo o olhar porque, se eu o fizesse, seria em você, e eu te assustaria. Talvez eu esteja te assustando agora, com esse convite repentino, mas esse era um risco que eu precisava correr.
Não ligo se você quiser escolher o lugar. Podemos ir ao shopping, ao parque de diversões, a uma lanchonete qualquer ou ao aniversário da sua bisavó. Também não me importo se você preferir usar vestido, moletom, pijama ou uma fantasia de esquimó. 
Só quero que seja você. Com todas aquelas suas piadas não tão engraçadas e sua tagarelice já esperada. Com suas teorias loucas que eu nunca sei se são cientificamente comprovadas. Com teus olhos brilhantes e olhar firme, tão hipnotizantes que mais parecem fazer parte de uma emboscada. 
Pronto, menina. É isso. 
O que vai ser? Um sim?
Por favor. Por mim. 

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