30.12.15

Como foi 2015?

Em meu 2015 pude viver uns três ou quatro anos. Foi tudo muito rápido, muito intenso, duradouro e delicado ao mesmo tempo.
Renderia um livro. Renderia um filme. Renderia um plot de seriado, desses em que a personagem tem todas as chances de acordar pra vida. Quando eu ri, eu ri de verdade. Quando chorei, chorei com vontade. O que doeu, doeu pra valer. O que deixou marca, tá aqui pra todo mundo ver. E o mais importante: o que aconteceu, de bom ou ruim, deu sua lição e eu pude seguir adiante.
Conheci pessoas incríveis, mas também deixei que outras partissem. Me permiti cair, pular, me desmantelar, pra que visse o que realmente importava. Me deixei entristecer pra depois me iluminar, porque aprendi que depois da chuva, surge um sol brilhante para tomar seu lugar. Aprendi que não há "tarde demais" pra quem deseja mudar. Que no encerramento de cada ciclo, chega outro, e mais outro, e mais outro... O que não dá é ficar parado, porque tempo vale mais do que ouro.
2015 foi um ano louco, mas valeu como poucos. Cada queda, cada sorriso, cada abraço que que serviu de abrigo. As lágrimas derramadas já secaram, as cicatrizes deixadas já não doem. Só me lembram do que passou e não ficou, da força insistente que em mim ficou. E depois disso tudo, só vou dizer: vem com tudo, 2016!

7.12.15

Freud explicaria? [por Carlos Araripe e Paola LouSilva]

A distância entre dois corações não se mede por quilometragem. O perto pode parecer longe e o longe parecer perto. Tudo depende da intensidade do frio na barriga. Enquanto algumas pessoas não valorizaram, outras passarão a vida inteira esperando por alguém como você. O que a razão não consegue explicar, a emoção explica com maestria.
Será que Freud explicaria?
Será que Freud explicaria como a visão de mundo de cada um pode mudar após encontrar um certo olhar? Detalhes deixam de ser meros detalhes e passam a compor uma espécie de quadro bonito. Sorrisos parecem construir o que pessoas chamam de destino. A chuva lá fora não espanta o sol dentro da gente e a jornada fica mais interessante magicamente.
Querido Freud, talvez você explique essa sucessão de acontecimentos que enfeitam a trajetória da gente. Talvez não. Talvez você tenha lá suas teorias que justifiquem esse mar de conversas tidas até a madrugada sem notar o tempo passar. Talvez não. Tudo bem. Talvez essas coisas não existam pra ser explicadas ou racionalizadas. Vai ver é só pra sentir, pra trazer leveza pra vida e simplesmente fluir.

Carlos Araripe é um cara cheio de energia, garra e criatividade. É nosso amigo pro que der e vier, apoia o Caderno sempre e até já deu uma passadinha por aqui (Clica aqui pra ler o texto dele!). Ele ainda encontra tempo pra trabalhar no Administradores do Bem, um projeto incrível que você já deveria conhecer (clica aqui pra passar na fan page deles e saber mais!).
A ideia proposta por ele era escrevermos um texto juntos, e esse foi o resultado da nossa parceria. Adorei a experiência, Araripe! Que venham mais assim! #tamojunto!

27.11.15

Dica de série: Red Band Society

Primeiramente, devo dizer que me apego a personagens das minhas séries favoritas como se eles fossem pessoas da família. Torço, choro e fico feliz com cada acontecimento, além de me perder lindamente no universo deles como se não houvesse amanhã. É, sou dessas. No entanto, isso não acontecia há alguns meses. Além da correria do cotidiano me deixar com pouco tempo disponível pra séries, não conseguia me apegar às histórias que comecei a acompanhar. Assistia um ou dois episódios e fim, partia pra outra como uma nômade-série-maníaca-que-não-fazia-a-menor-ideia-de-onde-estava-indo. Até conhecer Red Band Society. 



Red Band Society é uma série que mescla drama e comédia ao contar a história de seis adolescentes que moram em um hospital. Leo teve câncer, teve uma perna amputada e está em tratamento com quimioterapia. Emma sofre de anorexia. Kara precisa de um transplante de coração pra ontem. Jordi, que descobriu ter câncer e foi sozinho ao hospital para se submeter ao tratamento. Dash sofre de fibrose cística. Charlie, o mais novo entre eles, sofreu um acidente de carro e está em coma desde então.
A cada episódio, descobrimos um pouco sobre a personalidade de cada um, como eles lidam com suas doenças, como eles se relacionam com o mundo. 
Os personagens são bem construídos e, o melhor de tudo, humanos. Cada um tem seu momento de sentir medo, de se manter forte e corajoso, de se sentir confuso e perdido. Cada personagem tem seu momento de fazer besteira tirar aquele velho e torto estereótipo de que doentes são coitadinhos e santos que não cometem erros. Eles são humanos. Adolescentes. Como manter tudo isso em uma estrada linear e sem reviravoltas?
Há ainda, claro, o núcleo adulto, composta pela Enfermeira Jackson (personagem maravilhosa interpretada pela mais-maravilhosa-ainda Octavia Spencer), o Dr. McAndrew, e os enfermeiros Brittany e Kenji.
Recheada de referências literárias, do mundo pop e com uma trilha sonora incrível ("Every teardrop is a waterfall", do Coldplay, toca no episódio piloto e chega a arrepiar!), Red Band Society reafirma o poder da amizade e a importância de se fazer presente na vida daqueles que ama nas horas difíceis, não importa o que aconteça. Em treze episódios, Red Band Society emociona. Faz rir, chorar e refletir. Infelizmente e para meu total desespero, a série é curtinha, mas vale muito a pena. Sem dúvidas, virou uma das minhas favoritas. <3


16.11.15

A voz da flor

O espaço vazio, o medo ecoou.
"Cadê tua coragem?". 
A vontade do outro dia se esvai e
A porta da saída já fechou.

O temor acha passagem no fim do dia.
Aparece sorrateiro,
Basta a cabeça repousar no travesseiro. 
"Cadê tua coragem?".

Deveres, obrigações, compromissos e
"Cadê tua coragem?".
A garganta atou um nó e alguém deveria notar ou desatar.
Olhares omissos.

Basta disso!

Me aceitei como sou. 
Eu-flor.
Agora? 
Seja o que for.
Aqui sempre esteve minha coragem.

11.11.15

Grata

Agora me vejo grata por todo caminho torto que trilhei sem imaginar o que me esperava. Me vejo grata por cada passo errado e cada tropeço dado. De repente, me pego agradecendo por cada burrada que já cometi nessa vida, cada sim que deveria ter sido não, cada choro que me levou ao chão. 
Como quem nem acreditasse nessa possibilidade, me encontro agradecida por cada momento cinza, por cada música de fossa ouvida só pra intensificar a dor sentida. Me encontro grata por cada erro, por toda inquietação que se instalou e que parecia que não me deixaria mais encontrar sossego.
Sou grata, menino, por cada pedra, cada topada, cada falha nessa doida escalada. É por causa delas que eu estou aqui, é por causa delas que hoje sou assim. É por causa das decepções, das tristezas e das expectativas nunca atingidas que pude crescer o que cresci. É por causa de tudo isso que as lágrimas se rarearam, que a coragem se multiplicou e a calmaria se instalou, me permitindo, finalmente, enxergar nos teus olhos um pouquinho de amor.

28.10.15

No meu sonho

Odeio quando você resolve aparecer pra mim do nada. Você, que eu nem conheço, aparece assim, como se me conhecesse de longa data. Não pede licença nem procura saber se estou ocupada. Invade meus sonhos do jeito que quer, com uma conversa engraçada e uma risada incontrolável por eu ser tão estabanada. 
Você pergunta como vão meus planos e os ouve atentamente. Ao perceber que estou prestes a abandonar um sonho, puxa minha orelha de leve e faz questão de me incentivar, lembrando que preciso seguir sempre em frente. E eu nego, minto, finjo que nem ligo, mas já dá pra notar que, pelo jeito que eu te olho, não tem mais jeito. Tô contigo, menino.
Cada segundo ao teu lado é meu amigo, é um carinho no espírito que me ajuda a aguentar firmemente os cacos de vidro encontrados no caminho. A madrugada me acolhe direitinho e eu sorrio, mesmo dormindo. Esqueço o mundo, no claro ou no escuro e, nem por um segundo, eu me lembro de acordar.


O despertador se transforma em vilão cruel e me traz de volta para o mundo real. Mundo real. Já que é tudo tão real, cadê você por aqui? Aparece pra mim, menino. Aparece como você faz quando eu fecho os olhos e descanso a cabeça no travesseiro. Aparece, por favor. A gente nunca mais vai precisar dizer adeus só porque o dia raiou.

21.10.15

Rotina

Outro dia. Oito às dezoito, que agonia. Ela não se atreve a demorar, parar ou respirar. Nem pensa em planejar, sonhar e muito menos pirar.  
Disseram a ela que não se sonha em horário comercial. Disseram que sonho é só hobby pra passar o tempo, coisa de gente que não pode viver sem um invento. Não tem sonho no cronograma nem na programação, por que diabos ela deveria seguir pela contramão?
No fim de semana você cria. No fim de semana você canta, dança, extravasa e se encanta. No fim de semana você se energiza, se tranquiliza, faz alguma coisa com o coração que talvez mude a sua vida. No fim de semana você faz o que bem quiser, se permite sentir e vai, livre e solta, ser feliz. 
Mais um dia, menos um dia. Ela pensou. Repensou. Embolou na cama analisando aquele tanto de pavor. Quando finalmente entendeu, seu rosto inteiro se iluminou: dinheiro não alimenta a alma. Dinheiro um dia acaba. Sonho é complexo demais, esplêndido demais e forte demais pra ser vivenciado apenas aos sábados e domingos, encostados aos cantos do quarto nos dias de feira. 
Felicidade é pra ser vestida a toda manhã, pra ser consumida junto ao café. Felicidade é leveza séria, brincadeira das mais sinceras. Felicidade é pra ser vivida todo santo dia, não apenas nos fins de semana.

16.10.15

Pra ouvir: Sara Bareilles

Estava devendo esse post há alguns meses, confesso. A cada vez que dava play em alguma música de Sara a caminho do trabalho, minha consciência me dava um cutucão e cobrava um registro formal aqui no blog pra mostrar que sou fã dessa moça que canta, toca e compõe - até porque, aqui no Caderno, somos fãs de quem transforma o mundo de outras pessoas com palavras, músicas e histórias.
Talvez você ache que já ouviu o nome de Sara antes. Talvez pela música Love Song, que compôs a trilha sonora do filme O melhor amigo da noiva, ou pelo incidente em que Katy Perry foi acusada de plagiar a música Brave, de Sara, com o single Roar, em 2013 (apenas pra não passar em branco: adoro as duas músicas e sei cantá-las até de trás pra frente, se duvidar). Mas o talento de Sara vai muito além de passagens em trilhas sonoras ou polêmicas. Suas letras são sinceras e criativas. Fortes sem perder a sensibilidade. Algumas delas são engraçadas, outras trazem um pouco mais de seriedade, mas todas têm um propósito - seja apoiar um amigo a ser quem ele é verdadeiramente é ou incentivar uma pessoa a seguir em frente e não desistir de seus sonhos.
Minha ideia inicial era fazer uma playlist pra reunir todas as músicas que mais gosto dela. Foi difícil, mas consegui! Então aproveita pra ouvir, desenferrujar o inglês e dizer aí nos comentários se gostou da dica!



P.S.: Se você gostou, corre pra assistir os clipes de Gonna Get Over You (nesse link) e Uncharted (nesse link). Ambos são maravilhosos - mas você tem que clicar pra saber o motivo!

23.9.15

Fantasia

Deixa aquilo tudo pra lá, era só uma fantasia idiota. Uma vontade absurda de descobrir uma versão melhorada de mim mesma. Uma versão bem resolvida, madura e crescida, como acontece nos filmes de comédia romântica que teimam em contar a mesma história. 
No fim das contas, a versão que eu encontrei foi esta: uma menina que olha pro teto como se procurasse respostas para os mistérios da vida, que se equilibra no meio-fio do mesmo jeito que fazia quando era criança e que é péssima em disfarçar emoções. No fim das contas, eu me perguntei por qual motivo eu deveria mudar. Eu deveria mesmo mudar? Sei lá. As mudanças eficazes são graduais, que acontecem por vontade de mudar um pouquinho de cada vez. São aquelas em que é perceptível a hora de se transformar.
Pode deixar toda a fantasia pra lá. O vestido bonito, os acessórios caros e a maquiagem impecável. Pode deixar pra lá todas as minhas frases de efeito. Por hoje, ser eu mesma sem me incomodar é mudar o suficiente. Por hoje, estar confortável em minha pele é a melhor mudança que poderia acontecer.

21.9.15

Realização e Auto-realização - o que você busca na vida? [por Ericka Patrícia]

*Realização - ato ou efeito de realizar; execução; concretização. *Auto-realização - são as necessidades de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de autodesenvolver-se continuamente. (ser constantemente mais do que é – vir a ser tudo o que pode ser). A realização te deixa satisfeito e tranquilo quando você conclui o que foi feito, a sensação de prazer é imensa, é satisfatório. A Auto-realização é algo que impulsiona, que te deixa inconformado, te faz querer ser melhor que é, te faz ter uma busca permanente por algo melhor e por um sentido. Devemos ter cuidado em viver apenas na Auto-realização, pois sempre iremos querer mais, mais, mais e mais... Isso é ruim? Depende... Existem pessoas altamente realizadas e não estão felizes, porque não veem tudo o que já alcançaram e mesmo tendo tudo ou quase tudo estão infelizes, porque o inconformismo faz com que tenha esse sentimento. Pessoas que atingiram o topo da Pirâmide de Maslow - A AUTO-REALIZAÇÃO, e não são felizes e nem REALIZADAS, tem sentimento de incapacidade e negatividade porque ainda não conseguiu tal desejo e ainda falta algo, isso trás angústia, sofrimento, ansiedade, depressão, negatividade, problemas de saúde dos mais diversos... Tudo tem um limite, o inconformismo é bom mas tudo em exagero o corpo e a mente reclamam, alguém que só faz ler em algum momento a vista cansará, alguém que só faz malhar em algum momento os joelhos e o corpo reclamarão, alguém que nunca está satisfeito com nada em algum momento a alma e a psiquê penará essas emoções. Tenha cuidado, há uma linha muito tênue entre esses dois sentimentos! Acredito que muitas pessoas não entendam essa diferença, que de alguma forma possa ajudar a você refletir o que você tem buscado em sua vida: a realização ou a auto-realização. Reflitam!



16.9.15

O que há pelo caminho

Haverão dias complicados e noites em claro. Haverão situações que te farão repensar todo o seu plano e que te farão achar que todo o caminho a ser trilhado é completamente insano. Haverão momentos em que você sentirá falta de casa, vontade de um abraço e a necessidade de fechar os olhos por cinco minutos pra aliviar o cansaço. Haverão dias em que centenas de planos de fuga passarão pela sua mente, e o fato de não poder executar nenhum deles quase consegue te deixar doente. Não deixe.
Não deixe que o reloginho do mundo te enlouqueça. Não deixe que um detalhe sem importância te enfraqueça. Entregue diamantes quando pressionado e lute com unhas e dentes para que não exista clima pesado. Lute pela leveza. Sim, as pessoas disseram que haveriam dias difíceis mas parece que os avisos não foram suficientes. Sim, as nossas perguntas mais intransigentes não foram embora e você ainda se questiona se há algo que valha a pena lá fora. Há.
Relembre tudo o que viveu pra chegar onde chegou. Relembre quão machucado você já ficou e, mesmo assim, não se acanhou. Não se abale. Não se entregue ao abate. Quando você se entrega, a batalha é perdida. Aí, sim, a tristeza é verídica.

14.9.15

Ensinamentos [por Carlos Araripe]

A vida vai nos ensinando que para ter mais, é preciso ser mais. Que ao dormir demais perdemos o nascer do sol. Que a pressa te faz perder o paladar da comida. Que o cansaço mental, domina o cansaço físico. Que o orgulho te autodestrói. Que ouvir é tão importante, quanto falar. Que ninguém é tão ignorante que não possa aprender. Que um cego pode enxergar muito mais do que alguém com visão perfeita. Que a fé não é tão subjetiva o quanto pensávamos. Que todos nós aos olhos de Deus somos iguais. E quem foi que disse que não somos perfeitos? Somos sim. Todo esse ciclo é perfeito, nenhum ser humano nunca irá mudá-lo. A diferença, é que cometemos deslizes, algumas vezes inconscientemente, outras por escolha própria. A alegria de viver está na simplicidade das coisas, portanto, não espere muito para sorrir, afinal, hoje poderá o último dia de nossas vidas e o que fizemos dela?


19.8.15

Cair e levantar

Por um instante, ela reapareceu. Triste e encolhida. Aproveitou que era dia de chuva e choveu junto, só pra ver se aquela dorzinha se esvaía.
Por um descuido, ela ressurgiu. Era um medo absurdo, pernas dispostas a correr pelo mundo e uma vontade doida de sumir maior que tudo.
Por um momento, ela diminuiu. A velha cadeira ficou grande demais e suas certezas foram embora, levando a paz que a menina tinha de sobra.
Se ela me ouvisse, eu a acalmaria. Se adiantasse, eu aconselharia. Faria brigadeiro de panela para tirar o gosto amargo de sua boca, ainda repleta de palavras não ditas.
Respira, menina. Lava esse rosto e começa de novo. Nós bem sabemos que você é dura na queda, e que por trás dessa moldura de menina, há uma mulher forte observando tudo pela janela. Permita-se ser a pessoa que você deseja ser de verdade e cresça com vontade. Se precisar, aquele brigadeiro de panela está aqui, a te esperar.

7.8.15

Nem um pouco

Nem que me sejam ofertadas todas 
tuas canções
Nem que as flores do teu jardim estejam jogadas aos
meus pés
Nem que uses as palavras mais difíceis do 
teu linguajar raso
Nem que o céu venha ao chão com o som da 
tua voz
Nem que tudo aconteça neste 
meu grande nada

Nenhuma volta acontecerá

Nenhum passo meu será dado em tua direção

Nenhum tempo será perdido novamente.



5.8.15

Inconstante

Desculpa, mas eu avisei que seria assim. Falei milhões de vezes que eu era meio confusa, como se eu fosse mil em uma. Cansei de te contar que a inconstância é uma das minhas amigas mais antigas e que ela adora me fazer companhia. É inútil qualquer que seja o teu esforço - ela sempre fica.
Se hoje estou ensolarada, não duvido nada que amanhã eu amanheça meio nublada, pensando em alguma possível decisão errada ou precipitada. Se hoje me camuflo e me escondo no cinza da cidade, amanhã desperto e acendo com naturalidade. Com a velocidade de um carrinho de montanha-russa, ascendo e abro os braços com gratidão, aceitando presentes que os mistérios do Universo me dão. Permito que o tempo me molde, que o vento sopre e eu me sinta livre pra mudar de opinião.
Desculpa, mas nunca prometi ser a mesma. Prometi ser sempre verdadeira e, acima de qualquer problema, assegurei que seria tua companheira. Não dá pra ser de outro jeito: precisa ser fluido pra ser digno de todo o respeito.

16.7.15

Simplesmente

Ando me fortalecendo e enfrentando com todas as forças o caos que insiste em tentar me cercar. Certamente o mais importante nisso tudo foi ter aprendido a me reerguer e jogar a má fé bem longe. 
Acredito que as lágrimas que derramei um dia, há muito tempo, ajudaram a florescer o canteiro da minha estrada e são estas flores que tornam mais fácil lidar com o caminho a ser traçado. A caminhada pode ser longa, mas nunca será tempo perdido.
Por mais que o mundo através da janela pareça um grande esmagador de sonhos, eu acredito fortemente nos meus e espero que jamais desacredite dos seus. Aprendi a esperar e enxergar o tempo certo, viu? Tenho tentado ter mais paciência com as pessoas que me cercam e comigo também, por que não?
Eu escolhi escrever minha história, espero que saiba disso e espero também que saiba que ainda há muito para escrever. E escreverei. 

8.7.15

Sou minha outra vez

Se alguém perguntar como esse dilema começou, não saberei responder. Foi tudo tão gradual e estranhamente natural que não gravei o dia exato no calendário. No início eram apenas piadas sobre o meu jeito estabanado, com as quais eu ri junto a você. Com as tuas verdades meio tortas eu concordei e as tuas regras absurdas eu até acatei. Ouvi milhares de histórias de pessoas que juntaram suas metades para se completar, mas a minha completude você fazia questão de sugar.
Acreditei em todos os teus discursos maldosos. Comprei a ideia de que eu não passava de uma existência vazia sem você ao meu lado. Minha felicidade só era resultado da tua presença, claro! Achava que os percalços pelos quais passávamos eram comuns e que valiam a pena, já que aprendi por aí que o amor sempre surge com alguns problemas.
Demorei a entender, mas foi bem a tempo de me reerguer. Não está sendo fácil, o Universo está de prova. Você não tem ideia do quanto dói resolver deixar tudo pra trás e ir embora, mas essa dor é suportável diante da sensação de ser esmagada por tuas botas. Sem pensar duas vezes, troco você e sua nocividade pela minha liberdade. Aos poucos, consigo perceber: não tenho você, mas sou minha outra vez.

25.6.15

A história no caderno velho

Deixei-me invadir por sua melodia e somente dancei, enquanto você dedilhava aquele velho violão. Disse adeus às amarras. Esqueci um pouco do mundo lá fora, éramos somente nós e nada a temer. Meu peito tornou-se seu abrigo. Você é sem dúvidas o meu "nunca senti isto por ninguém". 
Você chegou sendo primavera no meio do meu inverno, insistindo para eu me florir. "Até que não seria tão mal".  Hoje somos uma bagunça completa e repleta de carinho. Tem cafuné, tem teimosia, tem parceria, tem saudade, tem briga e tem um poco de nós em cada canto da casa.
Não me importo com o caos que às vezes insiste em me rodear se você vier, porque sua chegada me transborda de bons sentimentos e vai espantando qualquer maldade que queira fazer morada por perto. 



Não faço ideia se nosso amor estava escrito nas estrelas ou nas linhas em nossas mãos, mas escrevo ele hoje neste caderno velho para que um dia seja uma história bonita a ser contada.


18.6.15

Tempos e trilhos

Gradualmente e sem perceber, você se vê adiando aquelas atividades que tanto gosta de fazer. O tempo que era só seu se reduz a quase nada. Você não é mais dono da própria agenda e não manda mais nos próprios compromissos. Enxerga a si mesmo fazendo parte da massa, e se pergunta se era isso mesmo que imaginava pra você. Era?
Gastamos tempo pensando no passado e arquitetando o futuro. Gastamos tempo pensando no que faríamos se tivéssemos mais tempo: ler um livro, praticar um esporte divertido, reservar um dia para rever os amigos... E triste fico quando vejo robôs ganhando o presente e utilizando pra viver o básico simplesmente. Não enxergam motivo pra sonhar ou pra mudar. A estradinha de tijolos amarelos já está ali, pra quê seguir um caminho diferente?
Tenho a leve sensação de que o Universo fica feliz quando a gente gasta uns minutinhos com aquilo que nos faz sorrir. Vale muito mais do que alguns reais no bolso. Vale pelo brilho no olho. O Universo se alegra quando nos tornamos responsáveis por nosso próprio presente sem seguir a manada. Pra isso, tem que ter peito e garra pra trilhar a própria estrada.

10.6.15

Promessas

De agora em diante, prometo não parar mais. Prometo não fazer corpo mole e não me entregar às dúvidas que destroem minha paz. Prometo ser forte pra aguentar as rajadas de vento e as nuvens cinzentas que se formam de tempos em tempos. Prometo nunca ignorar a tempestade, mas lembrar sempre que o sol trará o amanhecer novamente.
Prometo juntar todas as minhas forças pra não deixar a peteca cair. Prometo nunca controlar o sorriso largo de quem faz o que faz simplesmente por amar e passa a enxergar o mundo através de um novo olhar. Prometo não me render ao crime de ofuscar meu valor e nunca - nunca mesmo - parar de tentar.
Prometo continuar na luta pra melhorar. Prometo não desistir, mesmo que os passos sejam curtos e a velocidade seja lenta e não anime muito. É melhor que seja devagar do que estagnar em um mesmo lugar. Prometo não fraquejar e não deixar de apreciar a beleza que existe em toda a trajetória, toda a estrada, todo suor e toda lágrima. Prometo ser fiel a cada vertente dessa aliança e seguir em frente. Manter intacta a confiança de que nada pode ser mais verdadeiro e resistente do que o propósito que vive no coração da gente.

3.6.15

O que você tem feito nos últimos tempos?

Nos últimos tempos, tenho trabalhado um bocado. Saio de casa bem cedo e volto quando já é noite, desejando somente um banho e uma cama confortável que recolha meu cansaço. 
Tenho estado sem rumo. Às vezes isso assusta, às vezes me dá um poder absurdo. Fico imaginando quem mais deveria saber sobre o caminho que estou trilhando, e então me pergunto se existe algo mais aventureiro do que não ter um roteiro pra seguir. Ir adiante se torna a melhor opção restante.
Tenho feito planos que não tenho tempo de realizar - aí é batata, já sei que vou me frustrar. Por isso tenho pensado se vale a pena vender meu tempo, coisa mais valiosa que tenho, e deixado meus sonhos de lado, como se esses fossem fardos pesados. 
Tenho esbarrado no passado e revendo fantasmas de tudo que já foi enterrado. Tenho me apaixonado e desapaixonado sem grandes estragos. Por pessoas, por momentos, por cores e movimentos. Tenho aprendido aos poucos a me apaixonar por mim. Neste caso, torço pra que vire amor. Amor daqueles fortes, daqueles sábios, brandos e sem fim.

13.5.15

Em meio à fuga

Tardes vazias me fizeram questionar o que me trouxe a este lugar onde a ordem é fugir e se calar. Alguns capítulos frios, talvez. De repente, deixei de ser valente e permiti que alguma coisa qualquer tomasse a frente. Deve ter sido um daqueles ventos fortes que batem e fazem com que a gente perca o norte. Eu estava confortável no gelo. Um conforto branco e preto - ai daquele que se atrevesse a meter o bedelho.
Mas em meio à minha fuga, sem perceber, me vi querendo ficar só pra sentir o que há de tão bom do lado daí. Em meio ao silêncio, me peguei querendo ouvir tua voz pra reproduzir em minha mente sempre que eu me sentisse só. Desejei que você fosse apenas se realmente precisasse - e que, por favor, não levasse muito tempo pra voltar.
Já cantaram por aí que tudo passa. Passa mesmo. Passam os silêncios cortantes, as dúvidas angustiantes. Passa o mal congelante e a solidão categórica. Só falta você passar por aqui. Passa e fica. Sentado aqui, bem perto de mim.

6.5.15

Brincar com palavras

Grandes luzes lá no alto. Pequenas formigas bem no meio do asfalto.
Palestras carregadas de aprendizado. O brilho nos olhos de um moço calado.
Horas corridas de muito trabalho. Segundos que determinam a formação de um casal apaixonado.
Chuva fazendo barulho ritmado no telhado. Sol batendo no meu corpo e o fazendo parecer dourado.
O espelho mostrando quem sou. O espelho ocultando quem sou.
Vidas que seguem em frente. Vidas que empacam sem motivo aparente.
Não existe uma razão exata para sentir necessidade de brincar com as palavras. Pode ser um ponto, ou quem sabe, uma ponte. Pode ser uma vírgula, uma exclamação ou uma placa vermelha com uma interrogação.
Podem ser sorrisos espalhados ou lágrimas derramadas que acompanham um desabafo. Não importa. Que sejam apenas. Sejam palavras sentidas, palavras escritas, palavras que descrevem uma vida.

30.4.15

Ô, menina!

Menina, eu estou falando com você. Levanta aí, abre a janela e vê como o céu está lindo e o mundo está te chamando para viver. Há tanta beleza te esperando fora da janela, é legal admirar e lindo mesmo é viver fora dela. Quer ir na padaria de pijama ou somente sentar na calçada? Ô, menina, estou te esperando. Esquece um pouquinho os motivos que fazem você preferir seu quarto, varre para fora as tristezas que estão escondidas embaixo do tapete da sala e deixa a felicidade entrar dessa vez.
 Deixa para lá as pessoas que insistem em te fazer de "potinho de depósito de expectativa", só saiba que você é igual a elas, todos nós nascemos nus, não é verdade? Todos nós erramos, não é verdade? Não sinta muito porque o que você realmente só pode oferecer a elas é o que você realmente é. 

Agora vai lá, levanta, sacode o drama da barra da saia e vai ser feliz.

[Playlist] Aquela pra começar o dia bem

Se tem uma coisa que tem o poder de transformar o meu humor facilmente, essa coisa é a música. Mesmo às seis da manhã, quando eu pego o ônibus lotado, coloco meus fones e aperto o play pra desligar os botões da rotina, do cansaço e da impaciência. Chega a ser engraçado como o calor e o desconforto são minimizados para que os nossos olhos prestem mais atenção nas cores que vemos pela janela e que, combinados com um verso ou outro de uma música especial, fazem a gente se sentir num clipe musical (quem nunca?).
A playlist de hoje chega cedinho pra que vocês também transformem o humor pra melhor e que o dia seja ótimo, em um clima bem leve e tranquilo! Espero que funcione com você do mesmo jeito que funciona comigo! ;)

29.4.15

Mais um dia

Chega o fim de mais um dia e ela suspira, pensativa. Perdeu as contas de quanto tempo se passou. Quantas outras cenas já se passaram, também não faz ideia. Apenas vive seus dias e observa o calendário, rezando para que um punhado de sentimentos confusos passem e digam adeus. A mesa de trabalho lotada de projetos a serem desenvolvidos é reflexo do tempo que ela gasta lutando para não deixar sua mente pensar em assuntos proibidos, mas a danada pensa. Pensa e faz como criança levada, que se atreve a fazer tudo aquilo que não é permitido.
No fim das contas, lá está ela, de pé, segurando uma vassoura para limpar o espaço e sumir com os cacos espalhados graças às artes de suas memórias. Confessa até que, se fosse possível, varreria sensações, imagens, sons e diálogos armazenados só para se ver livre do passado. Como seria fácil se esse tipo de limpeza se assemelhasse a de um quarto inabitado.
Pena mais um dia se passar e pouco mudar... Mas a esperança não é perdida de vista. Ela permanece firme na ideia de que qualquer dia desses, tudo isso ainda vai virar pó. Um dia ela põe um sorriso na cara, vira a esquina e, numa tacada de sorte, acaba virando a página. Só vai com calma e toma cuidado a cada passo, porque ela sabe que virar outra pessoa não faz parte do combinado.

28.4.15

[Dica de Música] Lady Antebellum

Vai ter banda internacional no aqui no CdS, sim. Deixei os lindos da banda Lady Antebellum para encerrar o quadro Dica de Música do BEDA.



Ah, Lady Antebellum (insira alguns suspiros aqui). Quase certeza que você já ouviu uma música deles por aí, veja se não reconhece o refrão de 'Need You Now': "It's a quarter after one/I'm all alone and I need you now/Said I wouldn't call/but I lost all control and I need you now/And I don't know how I can do without/I just need you now", para clarear ainda mais a memória escuta aí. 




Ouvia 'Need You Now' na novela e achava bem legal, até meu melhor amigo me apresentar outras músicas deles e eu me ver totalmente apaixonada pela banda. Achei até uma música na época que descrevia minha vida amorosa (risos), hoje em dia minha paixãozinha em forma de música deles é 'Compass', que o clipe com certeza colaborou para que eu me apaixonasse por ela.
Eu que não sou chegada a country me vi encantada por LA, que inclusive já levou o prêmio de Melhor Performance Country por Dupla ou Grupo com Vocais na 51º edição do Grammy. 



Tenho que confessar que acompanhei pouco os dois últimos álbuns lançados, mas tenho um carinho muito grande por muitas canções dos outros discos, inclusive aquela que descrevia minha vida amorosa e uma que praticamente me fez enxergar luz em meio a tanta escuridão. Dá uma conferida aí no Top 5 das minhas favoritas:

1. Just a Kiss 



2. When You Got a Good Thing


3. Wanted You More


4. One Day You Will


5. If I Knew Then



Quer conhecer mais sobre Lady Antebellum? Site Oficial | Página Oficial no Facebook 

27.4.15

[Dica de livro] Fora de mim, de Martha Medeiros

Respire fundo e pense naquele término complicado pelo qual você passou. Aquele doído e difícil que se assemelhava a um luto causado pela morte de algum ente querido. Calma, não se atreva a voltar pra fossa. Essa pequena retrospectiva foi apenas pra você sentir o clima da obra de Martha.
Fora de mim é o relato de uma mulher que desabafa seus sentimentos logo após um rompimento tão complicado que chega a ser comparado a um acidente de avião. A dor, a agonia e o vazio da personagem é sentido através de casa parágrafo escrito. Aliás, um pequeno detalhe que eu adoro nos primeiros capítulos é a confusa pontuação utilizada por Martha. Os parágrafos se apresentam quase como um bloco único e concreto. Pontos finais, reticências e pontos de exclamação são massivamente substituídos por vírgulas, o que pode ser perturbador para os que respeitam as regras de pontuação se não fosse um motivo: esse é um dos fatores que nos permite sentir a confusão e a dor sentida pela personagem. A confusão que ela transmite é essencialmente humana. Seus questionamentos vão desde o clássico "eu não sou boa o bastante" até o "nunca vou me recuperar", coisa que ela, obviamente, percebe que não passava de uma ótica destorcida devido a um estado de luto.
Com o passar do tempo, a personagem começa a se reerguer, relembrar os acontecimentos e algo engraçado acontece. Antes, impactada com o rompimento brusco, ela recordava apenas as partes boas do relacionamento - e como ela era uma idiota incompetente por ter deixado o amor de sua vida ir embora daquele jeito. No entanto, aos poucos ela relata situações de deixar qualquer um aflito, como crises de ciúme absurdas, que ela justificava para si mesma como "amor demais". Ela começa a perceber que o relacionamento já dava sinais de que não duraria por muito tempo (e, talvez, teria sido até melhor se tivesse acabado antes pra arrancar o bandaid de uma vez - minha opinião). 

"Fugi de você, naquela época em que ainda éramos um casal, porque percebi que nossos beijos haviam virado respiração boca-a-boca, uma tentativa de sobrevivência quando já era tarde demais".
(Fora de mim, página 122)

O livro é sentimental? Sim. É meloso-enjoativo-meu-Deus-tira-isso-de-perto-de-mim-antes-que-eu-me-torne-diabética? De forma alguma. Martha Medeiros é expert em escrever obras que conseguem refletir o íntimo do ser humano sem soar como a rainha do drama. Recomendo todos os seus livros de ficção, suas crônicas e poesias. Na maior parte do tempo, desejo secretamente ser como ela quando crescer, mas isso vocês guardem segredo, por favor. ;)



26.4.15

Vamos conversar sobre... Relacionamentos e Expectativas



Era um desses dias comuns até demais quando eu estava passeando pelo feed de notícias do Facebook até me deparar com esta frase:

"A mulher certa muda o homem errado".

Estava lá, imponente como uma dessas frases filosóficas que mudam a vida de qualquer ser humano. Eu li, fiz careta, ignorei, voltei pra ter certeza de que não tinha lido nada errado e fiz careta outra vez. Há chances que eu tenha torcido o nariz também, mas nem lembro direito.
Vamos imaginar o seguinte cenário: você conhece uma pessoa e se interessa por ela. Ela também se interessa por você, viva! Decidem começar um relacionamento porque vocês são lindos e jovens, não existem motivos para adiar a felicidade, certo? Certo. 
Sua vida se transforma em um filme de comédia romântica e todo mundo diz que ela te completa e vice-versa, que nem feijão com arroz. Nada poderia ser mais perfeito. Você nem cogita mudar um fio de cabelo sequer dessa pessoa, mas... Bem, a vida seria mais fácil se seu namorado cortasse relações com aquela amiguinha pra sempre. Se sua namorada nunca mais usasse aquela vestido que atrai olhares por onde passa, poderia passear com ela sem preocupações. Se seu namorado resolvesse cancelar definitivamente o futebol de domingo, você seria uma pessoa realizada (São exemplos bem genéricos, mas é só pra dar uma ideia mesmo). 
Peço desculpas por ser a pessoa que vai te falar isso, mas é muito provável que seu namorado ou namorada já tinha essa característica que não te agrada muito. E você aceitou assim mesmo, com defeitos e qualidades - o pacote completo. Querer mudanças a essa altura do campeonato desperta frustração para ambos os lados: você começa a não estar mais tão satisfeita com o relacionamento e ele/ela se pergunta se existe mesmo algo errado em si mesmo. Frustração - ô danada pra dar dor de cabeça!
Ninguém tem direito de exigir mudanças do outro. A vida é do outro, a mente é do outro, os sentimentos são do outro. O desejo de mudança tem que partir dele/dela, não da sua implicância vontade.
O segundo ponto que eu quero contestar (sim, eu sou chata mesmo) são os usos de "certo" e "errado" lá no meio da frase. Então quer dizer que tenho que ser A mulher certa para que, no momento em que encontre um cara errado, eu o mude? Calma aí. Como A mulher certa tem que ser? Não que faça alguma diferença, já que eu não sou essa mulher. Você (ou a sua namorada/amiga/qualquer-modelo-feminino-que-você-esteja-imaginando-nesse-momento) também não é. Essa mania chata de ser certo ou perfeito dá tédio, irrita e cria uma coisa muito problemática chamada EXPECTATIVA. E vocês já conhecem a regra geral da expectativa, né?

                                     

Lide com o fato de que as pessoas têm o direito de não ser como você deseja ou espera - inclusive aquela por quem você se apaixonou perdida e ridiculamente. Lide com o fato de que ela não precisa mudar para satisfazer as vontades dos outros (a menos que queira mudar, por conta própria. Aí já são outros 500). 
Entenda que você não precisa seguir os passos do que julgam certo. A sociedade é louca e nunca sabe o que quer realmente. Acabe com a expectativa de ser o que não é e seja você. A vida já é confusa por natureza, se agarre ao que simplifica e vá ser feliz.

25.4.15

[Dica de Série] American Horror Story

Hoje o assunto é série de terror, sim. American Horror Story é produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk, começou a ser transmitida desde 2011 e até hoje foram lançadas 4 temporadas. Um dos pontos positivos de AHS é que as temporadas possuem histórias independentes, assim se você se interessar por apenas uma temporada não precisa assistir todas as outras, já que cada temporada possui seu próprio começo, meio e fim.



Murder House é a primeira temporada e apesar de possuir alguns flashbacks, se passa nos dias atuais, e conta a história de uma família atordoada e que acabou de mudar-se para uma casa nova, confere aí a sinopse oficial: “Os Harmons estão enfrentando muitos conflitos em sua nova casa; O principal decorrente do adultério de Ben Harmon e das consequências posteriores com sua esposa Vivien e sua filha Violet. Outros conflitos incluem o comportamento intrusivo dos vizinhos Constance e Adelaide, bem como intrusões de um dos pacientes do Dr. Harmon, Tate. Uma parada de visitantes misteriosos para seu lar assombrado, incluindo a cicatriz Larry Harvey faz o primeiro ano dos Harmons em Los Angeles ser muito perigoso. A casa parece ter uma história viva, que vai desde assassinatos brutais à manifestações demoníacas, e parece ter vontade própria.” (Fonte: AHS Brasil). Meus episódios favoritos dessa temporada são os do Halloween, sem dúvida.


A segunda temporada e minha favorita é Asylum, se passa no ano de 1964 e também nos dias atuais, sinopse oficial: “Em um hospital psiquiátrico em New England, presidido pelos ministros da fé e da ciência, os inocentes e os loucos correm dos maiores perigos e de seu próprio passado. Marcado por explorações das ruínas nos dias modernos, um mistério mais obscuro está à espreita para as vítimas.(Fonte: AHS Brasil). Essa é minha favorita por muitos motivos dentre eles Lana (Banana) <3 e The Name Game, juro se eu contar minhas outras partes favoritas vai rolar spoiler, então melhor não hahaha. 



A terceira temporada que aborda o mundo da bruxaria e das praticantes de voodu é Coven, é ambientada nos dias atuais e também possui alguns flashbacks importantes para  desenrolar da história, dá uma olhada aí na sinopse oficial: “American Horror Story: Coven conta a secreta história de bruxas e bruxaria na América. Mais de 300 anos se passaram desde os tempos turbulentos dos julgamentos das bruxas de Salem e aquelas que conseguiram escapar agora estão enfrentando a extinção. Têm sido feitos misteriosos ataques contra a sua espécie e as garotas estão sendo enviadas para uma escola especial em New Orleans para aprenderem a se proteger. No meio desse tumulto, está a recém-chegada, Zoe (Taissa Farmiga), que guarda um terrível segredo de si mesma. Alarmada com o recente ataque, Fiona (Jessica Lange) a muito ausente Suprema, volta para a cidade determinada em proteger O Coven, sem se preocupar em dizimar qualquer um que fica em seu caminho.“ (Fonte AHS Brasil) e uma coisa que chama atenção nessa temporada é o fato de trazer duas personagens que realmente fizeram parte da história de Nova Orleans na época da escravidão que são  Madame Delphine LaLaurie e Marie Leveau que em AHS alimentam um ódio reciproco.


A última temporada lançada é Freak Show“American Horror Story: Freak Show começa seu conto na sonolenta e tranquila aldeia de Jupiter, na Flórida. O ano é 1952. Uma trupe de curiosidades acaba de chegar à cidade, coincidindo com o estranho aparecimento de uma entidade maligna que selvaticamente ameaça a vida dos freaks e dos habitantes da cidade. Esta é a história dos artistas em sua jornada desesperada pela sobrevivência em meio ao mundo agonizante da experiência carnavalesca Americana.” (Fonte: AHS Brasil). O tal show é comandado por Elsa Mars e dentre todos os freaks que apresentam-se a minha favorita é Ma Petite interpretada por Jyoti Amge, que é a mulher mais baixa do mundo viva. 

Elsa e Ma Petite


















Uma das coisas que todas as temporadas tem em comum é a atuação fantástica de Jessica Lange, cada personagem mais surpreendente que o outro, mas infelizmente sua última atuação foi em Freak Show. Outras coisas que merecem destaque é a trilha sonora e as aberturas, eu tenho que confessar que rola um medinho, mas elas são muito boas e eu não consigo pular. (Aí embaixo as aberturas de Asylum e de Coven)



Enfim, AHS é muito muito massa, consegue nos inserir e prender em toda nova história apresentada a cada temporada. A próxima temporada já tem tema e alguns nomes confirmados, vamos aguardar para ver o que Ryan está aprontando dessa vez. Assista AHS você também, no Brasil ela é transmitida pela Fox Brasil, FX, Netflix e pela Rede Bandeirantes. Saibam que eu morro de medo de filme de terror, então medo não é desculpa para não assistir, alguns pesadelos depois? Talvez haha.