Queria poder te dizer “Fica. Fica, me escolhe, se joga nesse sofá sem graça comigo”. Queria, mas não sou uma mulher madura e independente. Não sou de dar ultimatos. Não sou de pedir nada. Paciência.
Não que eu ache que adiantaria de alguma coisa, moço. Aprendi, nessa minha vida estável e linear, que não decidir também é uma decisão. Protelar uma escolha já é escolha. O filme já acabou, os créditos já foram exibidos e eu continuo aqui, encarando a tela vazia de uma sala de cinema, esperando só Deus sabe o quê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário