5.1.15

Depois da bolha

O moço morreu. Não literalmente, refiro-me ao meu moço, o moço que me abrigava, o moço cujo abraço era meu lar. O moço que costumava ser meu moço ainda respira e anda por aí.

Sentir é difícil e a distância foi corroendo o resto do tudo que eu sentia.
A saudade veio invadindo meus dias sem pedir permissão e sem educação. Então correm rios dos olhos, o coração parece fica pequeno no peito e já se passaram os dias do samba no peito.

Você se olha no espelho e tudo que vê é um resto do que você costumava ser, a sensação é que você tá repleta de nada. Os dias passaram mais rápidos do que deveriam e mais rápida veio a sensação que não adianta procurar, chamar ou gritar porque quem vai embora sem ao menos olhar para trás não pretende voltar. Eu nem dei as costas ao moço se quer saber.


Aquele moço me ensinou a olhar o mundo acontecendo sem temer e lá fui eu seguindo meus dias aprendendo a encarar o mundo sozinha, de mãos atadas comigo e com um sorriso confiante. 

Resolvi viver. E viver tem sido a maior aventura que eu podia experimentar.


Era a vida, eu e o mundo acontecendo ao mesmo tempo. Acho que nomearam isso de felicidade. 


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