Já faz tempo que não pego numa caneta para, numa velocidade talvez admirável, colocar palavras pra fora como se elas fossem atiradas pra longe. Depois de usá-las tanto, talvez seja a hora de economizar as que ficaram.
Já faz tempo que não escrevo. Perdão, mas é por um bom motivo. Dia desses encontrei por aí, como quem não quer nada, minha poesia em pessoa, andando pela calçada. Olhos sinceros de menino e um coração que pulsa forte. Alma de artista cheia de sonhos que remam em direção ao norte. Minha poesia anda, fala, tem vontades próprias. Por isso ando caladinha: ouço o que minha poesia tem pra contar e tento decifrar cada abraço que chego a ganhar. É assim que, leve e despretensiosamente, meu dia-a-dia só faz melhorar.
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