Fumava como quem precisava do cigarro para colocar para fora de si tudo de mal que lhe machucava. Sim, ela sabia que carregava a morte entre os dedos.
Nunca buscou salvação, se via como um caso perdido e sem solução. Carregava a perdição por aí em passos lentos.
Ela gosta das estrelas e de observar as nuvens, algumas vezes observamos juntos o quanto somos miúdos diante do universo.
Seus olhos refletiam a imensidão do céu e a sua própria, que sempre procurava esconder muito bem. Os beijos eram intensos tanto quanto ela.
Ela é daquelas que por onde passa leva um pouco dos outros e deixa um pouco de si. O que Júlia levou? Ela levou de mim meu verão quando nem queria abrir mão do seu inverno.
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