26.7.16

Dália

Chovia lá fora e na minha porta alguém batia, quem dera fosse a esperança ou a felicidade. Quando eu abri era Dália, ao menos parecia ser ela. 
Dália caiu nos meus braços em prantos, contando que um qualquer tinha pisoteado seu coração. Eu sei que Dália é mulher forte e não é qualquer tropeço que lhe abalaria. Dália me disse que não estava acostumada com os tropeços do coração. Eu lhe ofereci um abraço e uma xícara de café, não há nada melhor para acalentar a alma. 
Ela precisava chorar para então retornar para si. Não demorou, ela é mulher forte lembra? Já foi fazendo piada da situação e com um sorriso besta no rosto, me agradeceu pelo café. 
Dália se despediu me pedindo para não sumir e me prometendo que se curaria. Dália ia. E eu ficava aqui doidinho para dizer a ela que o coração, que aparentemente é meu, sempre lhe pertenceu.

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