23.2.15

Em frente

É bom poder te dizer que eu estou bem. Bem que você disse que tudo ia dar certo. Certo, doeu bastante no início, eu admito. Admito também que você foi meu assunto proibido por longos tempos. Tempos aparentemente tão distantes foram aqueles em que eu era o seu xodó. "Xô, dó!", era o que eu repetia mentalmente para todos os olhos tristes que me consolavam como se minha vida não valesse mais de nada.




Nada me faria querer esquecer você... Você que me fez sonhar e brincar e me sentir viva. Viva as estradas turvas, as ideias confusas, as quedas que deixam a gente em carne viva. Viva tudo o que nos faz crescer e aprender, seja bom ou ruim, amor ou dor. Dor nenhuma vive para sempre, lembre. 



Lembre que, se precisar, estou aqui. Aqui ou ali, sempre disposta a te ajudar. Ajudar você me ajuda também: me tira o peso do peito e o nó na garganta, que surgem sem nem ter porquê... Porque, menino, a gente deveria apenas agradecer e seguir em frente, sem criar caso. Caso doa, a gente pensa, repensa, se cuida e muda o caminho, mesmo que sozinho.


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