Lá vem você de novo. Lá
vem você de novo com esse olhar que eu não consigo decifrar, com essa voz que
derrete, com esse abraço que envolve. Lá vem você de novo com toques
aparentemente não-planejados, elogios desajeitados, ouvidos prontos para um
desabafo. Lá vem você de novo, como quem não quer nada, com aquele sorriso que
me desconcerta, aquelas brincadeiras que me confundem, que ninguém sabe dizer
ao certo se são gracinhas sem importância ou verdades ditas entre risos por
meio da reação alheia.
E sabe o que eu queria? Que não fosse impressão
nem imaginação minha. Que todos os toques fossem planejados, que todos os
abraços fossem sentidos de fato. Que todos os sorrisos fossem por minha causa.
Que todas as brincadeiras tivessem mais objetivo que o simples corar das minhas
bochechas.
Aí, sim, minhas dúvidas acabariam, meus sorrisos
apareceriam sem se preocupar com tantas regras e eu não tremeria na base sempre que
me desse conta de que lá vem você de novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário